Pungindo a Alma

E num repente,
Me vejo assim...
Descrente,
Dormente,
Atordoado,
Sem forças pra me conduzir
Num esforço vou à janela,
Fico a olhar...
Os transeuntes apressados
O sol convidando a sonhar
Me sinto cansado
Me sinto acabado
Na solidão dos meus olhos,
Meu mundo é sem ruas e sem quimeras
Insiste um medo e uma estranheza,
Um vagar na incerteza
Sentimentos pungem a alma,
Na dor não declarada de existir
Da minha janela...
Chuva insistente a cair do céu
Chuva de tristeza...
Por viver sob véus



Cesar Sema Pensamento
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 24/06/2014
Reeditado em 10/04/2016
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