O Banquete dos Miseráveis
Tem uma cauda de dragão
banindo a decência,
e dizimando os oprimidos.
Há um torpedo mirando
os olhos da paz,
e seu propósito, não é bom.
Tem uma guerra declarada,
um civil colecionando ratos,
para servir no jantar das crianças.
Há um pontapé no traseiro coletivo,
um poço de convictas incertezas,
para as falas da pobreza e da discórdia.
Tem uma boca escura de cisterna,
uma porção de miúdos na gamela,
e aguardando a passagem da frigideira,
um bando de famintos, chama pelo garçom.