MUDO CANTO

Na dança do tempo rodei,

meus sonhos, a vida apagou.

Pensei ser o tal, me enganei,

hoje sei que nada sou.

A chuva fina que cai,

se junta com todo o pranto,

que dos meus olhos não sai.

Na minha voz, mudo canto.

De nada mais acho graça,

estou vencido, entregue.

Num banco velho da praça,

a desilusão me persegue.

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 19/06/2014
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