Revoltoso

Hoje estou revoltoso.

Do tipo revoltoso revoltado.

Não sei dar um certo não para o meu caso

e isto me torna inquieto pra diabo.

A situação está muito dura.

Estou a ponto de desfazer dos meus poemas

que com tanto gosto clamo nas ruas.

De graça, sem graça, que desgraça,

abrirei mão de todos os temas.

Estou com medo de aparecer um comprador.

Talvez o que ainda me segura,

seja o não entregar-me a dor,

da morte de mim mesmo, à ruptura.

Tenho que evitar este momento!

Sinto o começo do fim.

Preciso de forças para resistir, muita força.

Hoje será de uma situação que me livro,

amanhã... será a forca e o fim.

Não sei com certeza, se venderei os meus poemas.

Vender os meus poemas, que tormento...

Não posso tirar a minha alma de mim.

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 12/06/2014
Código do texto: T4842106
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