Em pedaços
Sem rosto, sem boca e cheia de ilusão
Sou uma alma que sofre
Sofre cheia de razão...
O orgulho que me segue é cravado na alma.
A persistência que me assombra...
Meu Deus! É o próprio inferno.
Sou cega da alma e da vida
Ferida por cacos e nada!
Sou a vida morta na rua
Estendida na sua calçada.
Pise em mim se quiser
Tanto faz ser alguém ou um lixo
Pois no final, tudo fica para os bichos...
Meus ossos irão ao pó
Assim como a minha carne se liquefará...
Mas meu Deus me dê forças, pois a alma viverá.
E a tristeza continuará me queimando por dentro
E o remorso corroendo
E a culpa, me desfazendo em brisa quente.
E eu serei parte do ar, Serei um veneno.