Desencanto

Ai como canto...

os meus desencantos

eu deixo no canto

da mente esquecidos

não quero passado!

não quero no quadro

a fronte o olhar...

ou mesmo o sorriso

de um amor perdido!

ah! como vai...

ligeira, fagueira,

minha mocidade de antes

trigueira

agora só ritos

de anos aflitos...

ao pé da janela

o tempo a correr...

nem doces lembranças,

nem minha esperança

somente a certeza,

somente a tristeza

e a triste leveza

de um dia morrer!

Olympio Ramos

Cabo Frio, 27/05/2014

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 27/05/2014
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T4822187
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