Aprisionado

Trancado neste meu mundinho

Vejo as flores secando e o outono chegando

O tempo se vai, e eu ainda estou sozinho

Esperando poder tocar-te outra vez.

Através de um pequeno espelho quebrado

Vejo uma realidade distorcida por não poder me virar

Ouço dos outros o que meus olhos não veem

Pois fadigados, se fecham, cegando-me da verdade.

Que farei eu se não consigo mais enxergar?

Sou meticulosamente moldado

Servindo a uma vontade que não é minha.

Pobre e humilde servo fiel sou

Não tenho outra escolha a não ser te servir

Porque não tenho forças para de ti fugir.