Es VA ído.
Esvaído.
Ei! Eis aí vai alguém que ama...
No caminho, as migalhas,
Marcadas, deixadas ao trilhar,
São sentimentos que se rompem
No tempo gotejante
Pontuado em dormentes ponteiros
Incessantes...
Inundados do passado
Escorrido do presente, vai,
Esvaído o amor, doente,
Só porque é alguém que sente
Em tudo que se esvaiu e se esvai
Pode-se contar aís por aís
Amargurado, eis que se vai...
Volta teus olhos a frente
Esquece de vez as dores
Atenta mais as flores
Que mesmo não sendo
Os lírios do campo,
Belezas ímpares na natureza
Não se lamentam aos prantos
Não apagam das pétalas as cores
Aos olhos alheios se doam em beleza!
E até, ainda que, na abundância desabrocha,
Ao sol, na sombra, na terra fértil, nas águas,
Têm uma vida frugal
Na manhã flori... Desabrocha...
Ao fim da tarde, murcha!
Sucumbida a doce brisa que debocha
Tempo que urde, urdidas horas...
Foi o ontem, vai o hoje,
A noite não tarda.
Vai o amor, segue, vai!
O extravasado deixou um bilhete molhado:
___ vou indo. Não volto jamais...
Tenho no peito, aqui dentro, partido,
Um coração de vidro, quebrado.
Cacos, não se colam mais...
Eis que vai. Indo. Varrido,
Devagarzinho, indo, indo...
Esvaído, foi, esvaindo... Foi.