Túmulo
Oh amor meu, defenda-me da morte.
A morte está em mim.
Em meus olhos.
Na flor que nasce sob os meus poros,
Mórbida , malcheirosa.
Sente em suas narinas o odor que sobe da lápide
Onde jaz o meu corpo corado
Que tão poeticamente foi posto sob as flores ?
Salvai-me , salvai-me.
Socorro, eu lhe imploro.
Sim, são pelas juras que morrem os amantes.
Pelos sonhos não cumpridos, pelos versos indelicados.
Salvai-me, salvai-me da morte,
Antes que a vida nos separe.