O CEGO

Quando eu vi

O que não devia ver

Quando eu li

O que não devia ler

Sorri irônico sem perceber

Fiquei em depressão sem entender.

Quando o olhar

Mirou, por sorte, o anjo

E as cartas todas

Deitadas na mesa

O que era sólido

Qual rocha bruta

Foi transformado

Em mar de incerteza.

No coração

Um caldeirão fervente

Dores e amores

Fervendo a mil graus

As boas sensações evaporando

Ao fundo descem os sentimentos maus.

Meu olho esquerdo

A enviar sinais

Por não ouvir me arrependo demais

Que foi que eu fiz?

Estava logo ali!

Hoje eu ando tão desesperado

Por isso tomo eu remédio controlado...

O amor passou ao meu lado

E EU NÃO VI...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 09/05/2014
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T4799754
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