O CEGO
Quando eu vi
O que não devia ver
Quando eu li
O que não devia ler
Sorri irônico sem perceber
Fiquei em depressão sem entender.
Quando o olhar
Mirou, por sorte, o anjo
E as cartas todas
Deitadas na mesa
O que era sólido
Qual rocha bruta
Foi transformado
Em mar de incerteza.
No coração
Um caldeirão fervente
Dores e amores
Fervendo a mil graus
As boas sensações evaporando
Ao fundo descem os sentimentos maus.
Meu olho esquerdo
A enviar sinais
Por não ouvir me arrependo demais
Que foi que eu fiz?
Estava logo ali!
Hoje eu ando tão desesperado
Por isso tomo eu remédio controlado...
O amor passou ao meu lado
E EU NÃO VI...