BARBÁRIE

BARBÁRIE

Absorto

Tento raciocinar poesia

Viver fantasia

Neste desconforto

Algo me oprime

Algo me exime

De buscar inspiração

Vivo larga transpiração

Há poros nos olhos?

Por que suam sem parar?

É que não param de enxergar

Os males que não escolho

Como escrever da maledicência

Que paira na contemporaneidade

Já não tenho mais idade

Para lutar nessa contingência

As ignorâncias não geram versos

As barbáries não criam trovas

Nego-me a escrever sobre o perverso

Prefiro entregar-me a cova

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/05/2014
Código do texto: T4795322
Classificação de conteúdo: seguro