Corrida
Onde está o cavaleiro
Que nas noites escuras
Galopava a vida
Sobre o dormente sono
De sonhos de ínfimas
E insignificantes glórias?
Onde está o estalo
Do Relho solto no ar
Que rimado ao estilete
Da espora enferrujada,
Crava em ancas arfadas
Da corrida e da pressa?
Estará por acaso, ginete,
Sobre a raia do vento
O cavaleiro que é tempo,
Rimando o galope da vida
às inglórias do sorriso
Dum cavaleiro esquecido?
Valdir Merege Rodrigues
Pinhalão - Paraná