AS TEMPESTADES
Eu vi meu sonho desmoronar.
Então resisti em pé
Permaneci rocha...
Eu vi minha juventude naufragar.
Vi a agonia inundar
Meus vinte anos.
Foi assim que eu aprendi a nadar
A brincar com profundidades.
Eu vi a tempestade desabar
Em uma solidão glacial
Monumental solidão.
Então caminhei pelas fronteiras
Do abandono...
Onde homens tornam-se ontens.
Eu escrevi meus versos
Sobre a loucura
Dos meus temporais.