DEPOIS É QUE DÓI
O corte de uma afiada lamina não dói
enquanto quente o sangue estiver...
Na hora da guerra, da emoção, ninguém percebe ferimentos...
mas chega a noite silenciosa, e o sangue esfria
Toda a dor de uma só vez castiga os sentimentos
A flecha no peito enterrada impede a hemorragia
mas uma vez arrancada, a dor e o sangue nascem... Mata...
tantas vezes o silêncio foi compreendido...
mas hoje que o sangue está frio em uma noite de trégua
e me vi cravada em fechas, que sem dó arranquei
choro uma dor tão desconhecida para quem em tantas lutas
teve a alma e o corpo retalhado...
E meu pardal hoje é dor e lembrança sobrenatural
não é nada e nada também sou...
e este nada é tão vazio de estrelas
tão sem sonhos e esperança...
Acho que cresci, não sou mais criança...
como deixar quem já nos deixou?
como não amar o que nunca devotou amor?
É como arrancar do peito uma flecha enterrada no coração
como golpear o calcanhar de Aquiles e derrubá-lo ao chão
é a tesoura de Dalila, e as forças em fios de cabelos cortados
perdidos na imensidão
Há quem te chame de ingrato...
eu te chamo de liberto...
sou, humilde reconheço, de muitos a paz
mas no seu lugar eu não estaria perto!
O corte de uma afiada lamina não dói
enquanto quente o sangue estiver...
Na hora da guerra, da emoção, ninguém percebe ferimentos...
mas chega a noite silenciosa, e o sangue esfria
Toda a dor de uma só vez castiga os sentimentos
A flecha no peito enterrada impede a hemorragia
mas uma vez arrancada, a dor e o sangue nascem... Mata...
tantas vezes o silêncio foi compreendido...
mas hoje que o sangue está frio em uma noite de trégua
e me vi cravada em fechas, que sem dó arranquei
choro uma dor tão desconhecida para quem em tantas lutas
teve a alma e o corpo retalhado...
E meu pardal hoje é dor e lembrança sobrenatural
não é nada e nada também sou...
e este nada é tão vazio de estrelas
tão sem sonhos e esperança...
Acho que cresci, não sou mais criança...
como deixar quem já nos deixou?
como não amar o que nunca devotou amor?
É como arrancar do peito uma flecha enterrada no coração
como golpear o calcanhar de Aquiles e derrubá-lo ao chão
é a tesoura de Dalila, e as forças em fios de cabelos cortados
perdidos na imensidão
Há quem te chame de ingrato...
eu te chamo de liberto...
sou, humilde reconheço, de muitos a paz
mas no seu lugar eu não estaria perto!