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Quero a chuva como quem quer respirar
Como uma ave sem asas que só quer voar
Como a ânsia da morte que consome o ar
Como a lágrima teimosa que só quer rolar
 
Eu preciso do milagre oculto no azul do céu!
Quero bastante água caindo no meu sertão
Lavando a existência como se fosse um véu
Acariciando o solo rachado no dia de verão
 
O meu pranto com a chuva vai se encontrar
De alegria o meu pobre coração vai trovejar
Pés antes secos e depois molhados de amor
Sua ingrata desça deste céu agora, por favor!
Janete Sales Dany
Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Poesia protegida
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 15/04/2014
Reeditado em 19/10/2014
Código do texto: T4769251
Classificação de conteúdo: seguro
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