FICO DEVENDO

Eu queria fazer despretensiosa poesia,

falar de amor e das minhas quimeras,

viajar no mundo dos sonhos, da fantasia,

detalhar as flores, rosas e as primaveras!

Me é efêmera a hospitaleira inspiração,

penso em primavera e ela me traz o verão!

Como voa veloz no espaço o pensamento,

levando pseudo poesia a flutuar no vento.

Como gostaria de poder fazer bela poesia,

falar do verde de seus olhos, do corpo dela,

de narrar num poema toda a minha alegria

e, em seu aniversário, rimar "bolo com vela"

Mas,me foge a poesia, " eu não sou poeta"

não consigo rimar, dor com doce saudade,

me escapa: imagem, palavras e a silhueta,

não sou poeta, esta é a minha realidade!

Fico-lhes devendo: florir "rosas com flores"

falar da romântica lua e dos seus amores,

me falta inspiração, não sou um sonhador,

não tenho rimas, para falar do grande amor...

Domingo Lage
Enviado por Domingo Lage em 01/04/2014
Código do texto: T4752686
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