FICO DEVENDO
Eu queria fazer despretensiosa poesia,
falar de amor e das minhas quimeras,
viajar no mundo dos sonhos, da fantasia,
detalhar as flores, rosas e as primaveras!
Me é efêmera a hospitaleira inspiração,
penso em primavera e ela me traz o verão!
Como voa veloz no espaço o pensamento,
levando pseudo poesia a flutuar no vento.
Como gostaria de poder fazer bela poesia,
falar do verde de seus olhos, do corpo dela,
de narrar num poema toda a minha alegria
e, em seu aniversário, rimar "bolo com vela"
Mas,me foge a poesia, " eu não sou poeta"
não consigo rimar, dor com doce saudade,
me escapa: imagem, palavras e a silhueta,
não sou poeta, esta é a minha realidade!
Fico-lhes devendo: florir "rosas com flores"
falar da romântica lua e dos seus amores,
me falta inspiração, não sou um sonhador,
não tenho rimas, para falar do grande amor...