RESTO

Engulo em tragos lentos esse sonho seco

Restam dúvidas sobre sua veracidade

Restam ferpas de sua voracidade

Restam vestígios de sua virilidade

Engulo em doces espasmos esse sonho mórbido

Trago em doses pequenas esse amargo veneno

Restam chorumes na minha memória

Sobram provas da minha insanidade

Você é meu ego, não é verdade

Você é meu resto, não há vontade

Você é meu erro, iníco e fim.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 01/04/2014
Código do texto: T4752122
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