semi aberto

Seu nome intruso num ato falho,

Denuncia que o guardião está velho,

se o siso fraquejar de quê me valho,

Fico exposto nesse amplo espelho...

Nem sempre retemos o pé no trilho,

De se manter fechado qual um repolho;

Ora os lábios deixam nascer um filho,

Quando não, soa vívido o brilho do olho...

Assim agoniza o amor no semi aberto,

Nessa angústia bem disfarçada de paz;

De dia bordeja qual moleque esperto,

Mas à noite, o peso da prisão se refaz...

Esse toco enrustido no átrio que não sai,

Bem que poderia reviver e produzir a uva;

Retomar alento, brotar quando a chuva cai,

então, eu perderia de vez o medo da chuva...

Habbeas corpus indeferido, não morro,

Aí, sigo retido mesmo que me esforce;

Acho que o ato falho significa; Socorro!,

Para entendidos, claro, em código Morse...