Alma Corrupta

Suguem estes seios flácidos

Que outrora revelavam graça

Absorvam este líquido ácido

E alimentem sua carcaça

De tempos oriundos de magia

Que se esvai a cada tragada

Assassina o íntimo em agonia

Verte o sangue desta apunhalada

E no átimo de inconsciência

Jaz um mundo de obscuridade

Surge um mar de malevolência

Olhos turvos incrédulos da verdade

Hostis mandíbulas caçam vorazes

A vã esperança numa capela

Salvação descrita em cartazes

Alma corrupta é que se revela

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 14/03/2014
Código do texto: T4728854
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