RESTOS
RESTOS
Paulo Gondim
11/03/2014
O que somos agora, senão vultos
Que aparecem na escuridão
Vagando tristes, sem alento
Resíduos levados pelo vento?
O que restou de nós, senão mágoas
Sombras, apenas, do que fomos
Pouco sobrou que mereça crença
Só desgosto em nossa presença?
E do pouco que ficou, resta o pranto
Pela vida deixada num canto
Enquanto vida, não vivida...
E somos nós, agora, passado
Estranhos, num viver a dois
Simulacro de simples vaidade
Nem sentimos, sequer, saudade