Teatro
Hoje me arrependo
Das lágrimas que chorei por ti,
Mesmo as de boa vontade
Pois quase tudo das suas palavras foi mentira,
Me sinto mal por aceitá-las como verdade.
Melhor agora, que não somos mais iguais,
Pois tenho certeza de quem sou eu.
Não sou uma invenção exposta,
Mas uma construção dolorosa,
E dentre os meus orgulhos, esse te contei.
Mas espero que crie a ciência:
Quem inventa sua própria vida
Que se entenda com suas inverdades,
Que sofra as consequências,
Que chore só, que definhe só.
Que se concerte a tempo, pra começar seu show
Aquela identidade que durante tempos negou.
E que seu novo expectador não veja seu artista maquiado,
Mas como ele é de fato.