AD ROC
Sou pedra, sou água
Sou o vento tardio
Que arrasta as gotas das chuvas
E forma as tempestades
Sou dilúvio desabando do céu
Sou as folhas caindo das árvores
Neste verão severo e quente
Meu coração tem verões e invernos se contrapondo
Sou as águas volumosas das enxurradas
Sou o extremo, como todos que nascem
Sob o signo de virgem
Estou sempre no meio às erosões e o caos
Que sempre começam em mim
Por isso a minha volta estará a terra alagada,
O mato deitado coberto de lama
Os campos da infertilidade
Revoltos, já sem futuro.