Prazer.

Deixa eu te apresentar meu amor hoje.

Hoje ele não brilha tanto, já não é tão galanteador...

Já não vive com aquele humor!

Humor de risos, já não ri de tudo, hoje, quase de nada.

Deixa eu te apresentar ele hoje, agora!

Pode ser que ele vingue, pode ser que resolva de uma vez ir embora.

Sim, ir embora, já que esperou por tanto tempo, sem uma gota de água, sem terra, ficou mesmo no asfalto quente e seco, pelo sol que passeou dia após dia...

Ele ainda tem cores, já não são tão fortes.

Mas cores sempre são cores!

O ar vem sútil... Como se de repente ele fosse sufocar na cor azul anil!

Deixa eu te apresentar ele hoje, agora...

Parece que ele só quer a graça de ver teu sorriso pela primeira vez, se é que é possível. Acredite, ele já não é tão feliz.

Ele está sem forças, pode ser que suporte ou que sufoque e morra.

Morra com ele os sonhos e toda esperança.

Creio mesmo que a esperança esteja cansada de esperar, ela quer partir, já cansou de ficar, de fingir.

Ele pede que escute e não censure que fale e não descarte.

Que não desacate, pois um combate, agora tão no fim?

Seria pretencioso, tão soberbo, tão presunçoso...

Da sua parte, parte que não viveu debilitada.

Não sentiu, não sofreu com nada.

Deixa eu te apresentar o inicio do ontem e o fim do agora.

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 26/02/2014
Código do texto: T4707533
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