Mapa do meu ninguém
Aqui nesta sala
De luz apagada
Somente o som que emana da lua
Quebra o silêncio
E eu sou todo pensamento
Minha garrafa de rum
Faz-me lembrar de que sou pirata
Perdido no mar
Sem rota
Sem rumo
Sem estrelas no céu pra me orientar
Em busca do tesouro
Que “pra quê” também eu não sei
Certos monstros emergem
Do pântano silencioso
Da madrugada do meu peito
E assombram o vilarejo da minha vida
Espantado o tempo foge pra lugar nenhum
E me perco no alto e no vento
Como sacola plástica de supermercado
Até cair no sono
Na minha cama