DEVANEIOS DISSIPADOS
DEVANEIOS DISSIPADOS
Olhava através da vidraça da janela
No esplendor do céu poético
Vislumbrava tua imagem fugindo
Não sei se era miragem
Mas contemplava a tua silhueta
Meus pensamentos mudavam de forma
Como se fossem blocos de nuvens
Formadas no céu de verão
Às vezes dera uma alva ovelha,
Mas logo se transformava num coelho
As tuas imagens metamorfóseca
Vagabundeavam ao sabor do acaso
Às vezes moviam-se em turbilhões
Como se fossem vento agitado
Provocando-me uma comoção excêntrica
Que me visitava como devaneios loucos
Mas em meu silêncio tristonho
Suspirava melancólicos adágios
O tédio, como aranha, tecia suas teias
Bem na alcova do meu coração
Inesperadamente, surge uma rajada de brisa
E tudo é dissipado finalmente.
Capanema, 20 de fevereiro de 2014.
Samuel Alencar da Silva