REFÉM

Hoje bem cedo

Ao abrir os meus olhos

Senti-me aprisionado

No obscuro do mundo...

Deste mundo

Que retém meus anseios

E também me deixa acuado

Recuado num tempo

Tão próximo da solidão...

Lembrei-me do passado

Quando ainda criança

Carregando meus passos

Transportando esperança...

Mas neste momento

Posso compreender

Quão tamanha ilusão

Habitaste em meu peito

A enfadar meu coração...

Agora, me assisto assim

Num escuro profundo

De um vazio tremendo

Muito além do meu eu

E sem ver solução...

Fui refém de mim mesmo

Acreditando num sonho

Que quando criança

Carregava em meu leito!

Autor: Valter Pio dos Santos

19-Fev-2014

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 19/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
Código do texto: T4697404
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