meu Zorro
Eras
o cavaleiro viril, forte, em seu cavalo alazão.
Zorro sem máscaras, peito aberto, sem medo.
Roubarias-me o tédio e a solidão,
enxugarias qualquer lágrima nos trovões.
És
o cavaleiro levado por outros encantos,
cascas enceradas, palavras lustradas.
O tédio da solidão ofertada à outros,
em tempestades sem lágrimas.
E,
iluminando ao longe teu caminho,
vendo ir-se o teu sorriso alvo,
preso às dores do dia sem sol,
só, a minha luz que não te basta.