"INOCÊNCIA"
Contornando sobre sua cabeça,
Um mundo loucamente despencando...
Marchando debalde às pressas
Vendo tudo inutilmente se transformando.
Uma mente arquitetando planos secretos
Tentativas vãs de se dar bem...
Loucura fora do controle, sempre por perto.
Uma fixa ideia: “manter-se zen”.
Triste ingenuidade bandida
Que não lhe deixa em paz
Como uma dor atrevida
Que vai ficando pra trás.
Como uma brisa passeando
Desesperadamente sobre sua cabeça
Um mundo terrivelmente se perdendo
Avisar-te-ei, antes que me esqueça...
Enganando-se com tudo
Que se faz presente em sua frente
Como amores bandidos
Em um meio triste e “inocente”.
Uma esfera que se encontra submergida
Bem no centro do seu mundo
Mensagem mal recebida
De extraterrenos imundos.
Um beijo que fora pedido, ideia louca...
Sentimentos beirando à loucura
Um gosto amargo no canto da boca
De uma ingenuidade pura.
Uma palavra mal escrita e “não amiga”
De um ilustre e pobre desconhecido
Causando na alma, profundas feridas,
Nada que aponte um sentido.
Eterna e vazia fuga do caos
Buscando contato com a decência
Pernoitando sempre afastado do mal
Com sua delicada inocência.
***** (L.S) *****