AUSÊNCIA

Cerrei os meus olhos

Cansados das esperas

Emudeceram sem o brilho

Sem vida, e sem razão

 

Meus passos vacilantes

Com o medo definharam

Meus sonhos encolheram

Com o abandono e a solidão

 

Quando vagamente a memória

Acorda-me as entranhas

Tecendo entre as chamas

Meus sonhos a murmurar

 

E tão infinita é minha dor

Quando louca me vejo sóbria

Morrer não seria em vão

Se de vida me sinto isenta

 

Vago como um ser errante

Sem  esperança no olhar

Os sonhos um tanto trôpegos

Já arquejam na partida

 

PS: Gostaria muito de poder agradecer a cada um de vocês

Que me fizeram chegar aos meus 180 textos. Tive momentos de atropelos, onde o desejo de desistir foi maior que tudo. Mas com o carinho e amizade conquistada estou aqui. Espero continuar, não deixar meus rabiscos pela metade. A cada um de vocês o meu mais doce sorriso, e um abraço carinhoso. Bjs, Aranilda