SOLTO NO AR
Baldes mais estridentes
Que as falcatruas da serpentes
Que tocaiam os inocentes
E os picam com envenenamento total.
O dinheiro virou capim
A poeira se levantou
Aquele belo jardim
Nada mais dele ficou
A quase pequena sugestão
De nada mais vale,
Apenas relâmpagos e trovões
Era o que o corpo sente.
O corpo virou uma tremedeira só
Na garganta parecia ter um grande nó
E uma tristeza invadindo a calma a vida inteira.
O som era uma “merda total”
O ferro comia solto no ar
Aproxima-se do carnaval
Mas o amor não estava no ar.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT