Urgs que rejs o “erés codó”
O tempo está novinho em folha
Como se fosse uma lauda.
Em branco... Tábula rasa...
Pedindo, encarecidamente,
Que nela se escreva uma nova história...
Porém, as ideias se confundem,
Velhas, ranzinzas e carcomidas;
Os ideais se misturam
E cheiram muito mal como se fossem
Comida azeda, amanhecida.
Uns querem mudar o mundo
Sem mudarem-se a si mesmos;
Os que não querem, estão ricos
E não conseguem ver nada
Além do dinheiro e das coisas ricas.
Em todo momento matam um deus,
Eles são inconvenientes
E praguejam contra as coisas vis.
Os demônios montam impérios
No topo das montanhas
Das mais nobres e febris almas;
Uma dinamite de promiscuidade,
Desvergonha desavergonhada,
Desgovernada e trôpega,
Explode a cada instante
No peito esperançoso da criança.
Tem gente que nem tem boca
E vaia Roma como uma “soprano”.
Outras, cheias de dentes,
Mastigam sem cessar os vômitos
Regurgitados da ignorância específica.
Cacá Matofino.