CÁLICES DE VINHO
Onde estão
doce
querida
na
memória
esquecidas
as lembranças
que eu
lhe
dei
Os momentos
mais
vividos
Os passeios
mais
eternos
nossos
passos
tão oníricos
pelas
praças
da
Liberdade
Prende-se
o tempo
vive-se
o instante
Alimenta-se
a alma
daquilo que já se foi
Partiram-se os cálices
de vinho
Quebrou-se
a pureza
do cristal
dissipou-se
aquilo que intacto
não era
restou-nos apenas
o vinho
do que um dia
foi amor