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Não sei bem por onde começar.

Pois faz tempo que estou a pensar.

Nem ao certo lembro como fazer,

Estou a um bom tempo sem escrever.

Meu caderno novo sem nenhum rabisco,

Sempre que penso surge algum imprevisto.

Palavras se formam na minha mente,

Mas eu simplesmente paro e assisto.

O que de tão bom tenho à compartilhar?

A vida tão chata que não sei descrever,

Aquela saudade louca de uma antiga inspiração,

Aquele tempo que parece longe no qual eu tinha um coração...

Os dias se arrastam quando não se tem amor,

Distancio-me das pessoas sem nenhum rancor.

A vida em tons escuros num tempo de solidão,

Não quero que sintam nada, muito menos compaixão.

E meu “eu interior”, onde deve estar?

Aquela poetiza feliz, que um dia soube amar...

Agora está distante nem sei se um dia volta,

Pois tudo o que eu tinha, se foi...

Sobre o que devo escrever, se nada sinto por dentro?

Quem leria algo falso, sem quaisquer sentimentos?

Jurei meu amor por alguém “podre de alma”,

Este alguém recusou e agora estou no relento!

Não sei mais o que fazer...

Quero meus sentimentos de volta.

Sem amor eu não sou nada.

E “nada” estou sendo agora...