Tome Em Suas Mãos
Tente tomar o sol em suas mãos
enquanto distancias tragado por uma aventura efêmera...
E sem olhar para atrás,
não vês a névoa que te acompanha embrenhando-se
entre as folhas palidecidas.
Turvando o vasto espaço da memoria,
onde guardastes a sete chaves.
Todo encanto dos olhares ternecidos
quando jurastes amor e fidelidade.
Tomas o sol em suas mãos
enquanto em silencio caminhas
recordando saudosos segredos
que outrora tomara para si,
entre as mais bela juras de amor
enquanto prometias perpetuá-lo
tão sólido quanto ao mármore...
Tomas o sol em suas mãos,
enquanto resta unicamente um raio
de luz direcionando os seus caminhos.
Que dentre tantas idas e vindas se perderam...
Assim como o sol ao entardecer.
Dando lugar ao crepúsculo que se eterniza
em sua memoria.
Restando apenas em suas mãos,
a porcelana azul de motivo inglês requintado
que recebestes com olhos flamejantes.
Mais o vazio de seus versos desmotivados
pela ausência da essência que se perdera...
Assim como o sol que nas mãos, não conseguistes guardar.
Ao perdê-lo entre nuvens vermelhas anunciando o crepúsculo.
sorvendo o brilho do seu olhar.