Conte-me histórias

Me conte histórias de um dia

Em que não havia o medo que hoje jaz

Nas ranhuras da pedra que trago

Transparente, o poeta se desfaz

Me conte histórias de um dia

Em que o amor ainda existia

E não escorria das mãos

Nem deixava a casa vazia

Me conte de quando fui feliz

Me diz que não mentiu

Quando teu abraço me cercou

E derramou chuva no estio

Me mostre suas memórias

De um tempo em que havia

Tempo pra sentir o que é eterno

Quando se era feliz e não sabia

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 23/01/2014
Reeditado em 23/01/2014
Código do texto: T4660967
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