Vento.
Um vento forte te amarra a existência,
os sonhos te abandonam e os olhos
se abrem para uma realidade não utópica,
roubou-me tudo o que tinha.
Este vendaval tenebroso, faz lavagem na esperança
e alimenta a desiluzão, arrastou-me para o pó,
e em meio as cinzas de desejos consumidos
vejo uma faísca tornar-se fogo consumidor;
e ela vocifera com voz de trovão a dizer-me,
"levanta-te pois ainda tenho sede"!