Ilha
Olho para trás
Vejo os momentos tristes
E um imenso abismo.
Olho para a frente,
Somente abismo.
Aos meus lados,
Nada,
Ninguém,
Abismo.
Sou uma ilha
Cercada de abismos
Por todos os lados.
Não posso me mexer
Senão eu caio.
Tenho necessidade
De carinho
Atenção.
E tenho muito para dar.
Mas sou uma ilha,
Solitária.
Tenho que suportar tudo
Inerte, sem ação,
Se quiser permanecer incólume.
Mas não se esqueçam
Sou uma ilha
Cercada de abismos
Para onde posso,
Em qualquer momento,
Saltar
Rumo ao
Desconhecido.
Campos dos Goytacazes, 18 de janeiro de 2014 – 20:27 horas