FINAL DE FESTA

Infinitamente ausente aquele olhar

Se curva nas ondas do pensamento

Que vagueia pelos horizontes

Ainda incapazes de ação

Salutar meio a indecisão

Incomodante como saiu

Pelas calçadas cheias

De entulhos por todos os lados!

O olhar ainda capta

Pacientemente a luz do olhar agudo

Que nada escapa

A sua observação fugaz

E fugitiva como sendo capaz

De sentir uma nova sensatez

Que ainda reina no homem,

Apesar de todas as contradições

Imanente ao viver em sociedade

Que nada tem de comum!

A contradição faz parte do jogo

Ser o contrário é fogo

Cruzando em várias direções

E você recebendo flechadas

Sozinho no meio da multidão,

Por isso você grita e ninguém te ouve

E se torna um quadrado nas ruas sinuosas

E sua passagem é indigesta

E você sempre chega ao final da festa.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 17/01/2014
Reeditado em 21/02/2015
Código do texto: T4653524
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.