Sonho nas Ruas
O sonho gritado pelas ruas está doente,
os mentirosos congratulam-se, aguardam o funeral...
da criança que um dia fomos, agora distante
de nós mesmos, dor insistente.
Porque o sonho quer gritar que tem um rosto,
um cheiro, um sexo, uma cor...
Se deixarmos que nos levem todas as bandeiras
beberemos do cálice a gota certa desta dor.
Minha nação é uma encruzilhada,
minha família, uma abstração incolor...
dentre todos os aflitos, lanço este inútil grito:
onde de fato estou?