Desilusão
Quantas e quantas vezes me encontro vazio.
Não sei explicar ao certo, é um vazio de mim mesmo.
Meus sonhos insistem, prorrogam, mas não cessam.
É um vazio que reina no meio de uma multidão de mim.
Assim me defino, uma multidão. Multidão só! Não acho palavras, não me encontro ao meu lado, me encontro distante do meu próprio eu.
Seria um caso sem explicação?
Amores vem e vão, como relâmpagos em dia de chuvarada.
Nada preenche, nada me completa. Preciso urgentemente me buscar, me sentir. Preciso perceber-me! Assim meus sonhos se multiplicam, vagueiam dentro de mim feito viajante solitário e sem destino.
Onde será mesmo o meu destino?
Tenho andado em caminho desconhecido, pessoas estranhas, um linguajar que não consigo entender.
Meu destino ... quanta imprecisão!
No infinito?
Quem sabe ...
E a cada novo instante milhares de sonhos nascem e, quanto mais se reproduzem, menos certezas eu tenho.
Há dias me encontro vazio, sem nada do que falar ...
Apenas querendo ouvir, ouvir e ouvir!
Até quando?
Bom, não sei! Só quero caminhar mais um pouco na minha eterna busca de mim mesmo.