Vez viro poesia...
É muito choro engolido,
muita palavra engasgada,
muito suspiro reprimido.
E estoura!
E explode!
Vez vira grito,
vez vira silêncio...
Mas meu peito sofrido,
minha cara à tapa,
já não suportam tanto peso.
E não carrego mais teus cortes,
não aceito as velhas ordens, -a bagagem já está lotada.
Sou desordem.
Desilusão.
Descaso.
Descalço.
Desanima(l)do.
Só peço que guarde as tuas palavras,
não as carrego mais nas costas.
Guarde, mas guarde-as bem!
Pois meu bem,
já não sou mais ninguém.
Vez viro grito,
vez viro silêncio...
Vez me viro, e não volto mais.