Vez viro poesia...

É muito choro engolido,

muita palavra engasgada,

muito suspiro reprimido.

E estoura!

E explode!

Vez vira grito,

vez vira silêncio...

Mas meu peito sofrido,

minha cara à tapa,

já não suportam tanto peso.

E não carrego mais teus cortes,

não aceito as velhas ordens, -a bagagem já está lotada.

Sou desordem.

Desilusão.

Descaso.

Descalço.

Desanima(l)do.

Só peço que guarde as tuas palavras,

não as carrego mais nas costas.

Guarde, mas guarde-as bem!

Pois meu bem,

já não sou mais ninguém.

Vez viro grito,

vez viro silêncio...

Vez me viro, e não volto mais.

Pamella R
Enviado por Pamella R em 09/01/2014
Reeditado em 09/01/2014
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