SAFITA X BRASÍLIA
Por Sandra Fayad
Adeus! Vou embora pra Safita.
Vou viver no topo de uma das três colinas
Ou em um vale entre elas – não importa!
Vou orar em templo alauita
E também em ortodoxo
Pra esta terra que grita: Socooorro!!!
E recebe por resposta: Naaada!!!
Aqui? Já não posso sair à rua,
Já não durmo de madrugada;
Perdi a paz que conquistei a duras penas.
Aqui? Estou ficando nua como ficam os “craqueiros”
Dia e noite na minha rua, espalhados sob as marquises.
Disputo espaço com os carros, limpo a porta da minha casa.
Mas minha rua vive a maior de suas crises,
Com fumódromo perfumado por brasa vadia,
Motéis e banheiros a céu aberto,
Com direito a estupro e pedofilia.
Vou embora pra Safita, terra dos meus avós,
Onde enfrentam a guerra, mas não nos deixam sós.
Brasília, 29-12-2013
Visite meu site: www.sandrafayad.prosaeverso.net
SAFITA X BRASILIA
By Sandra Fayad
Goodbye! I'm leaving for Safita.
I will live on top of one of the three hills
Or in a valley between them - no matter!
I will pray in the temple Alawite
And also in Orthodox
To this land that screams: Help!
And receive for answer: Nothing!
Here? I can no longer go outside,
Have not sleep at night;
I lost the peace that earned the hard way.
Here? I'm getting naked as are the "crackheads"
Day and night on my street, scattered under the awnings.
I quarrel space with the cars, clean the door of my house.
But my street lives most of its crises,
With fragrant slut smokehouse for coal,
Motels and bathrooms the open air
Entitled to rape and pedophilia.
I'm leaving for Safita, land of my grandparents,
Where they face war, but do not leave us alone.
Brasilia, 12/29/2013
Visit my website: www.sandrafayad.prosaeverso.net
Adeus! Vou embora pra Safita.
Vou viver no topo de uma das três colinas
Ou em um vale entre elas – não importa!
Vou orar em templo alauita
E também em ortodoxo
Pra esta terra que grita: Socooorro!!!
E recebe por resposta: Naaada!!!
Aqui? Já não posso sair à rua,
Já não durmo de madrugada;
Perdi a paz que conquistei a duras penas.
Aqui? Estou ficando nua como ficam os “craqueiros”
Dia e noite na minha rua, espalhados sob as marquises.
Disputo espaço com os carros, limpo a porta da minha casa.
Mas minha rua vive a maior de suas crises,
Com fumódromo perfumado por brasa vadia,
Motéis e banheiros a céu aberto,
Com direito a estupro e pedofilia.
Vou embora pra Safita, terra dos meus avós,
Onde enfrentam a guerra, mas não nos deixam sós.
Brasília, 29-12-2013
Visite meu site: www.sandrafayad.prosaeverso.net
SAFITA X BRASILIA
By Sandra Fayad
Goodbye! I'm leaving for Safita.
I will live on top of one of the three hills
Or in a valley between them - no matter!
I will pray in the temple Alawite
And also in Orthodox
To this land that screams: Help!
And receive for answer: Nothing!
Here? I can no longer go outside,
Have not sleep at night;
I lost the peace that earned the hard way.
Here? I'm getting naked as are the "crackheads"
Day and night on my street, scattered under the awnings.
I quarrel space with the cars, clean the door of my house.
But my street lives most of its crises,
With fragrant slut smokehouse for coal,
Motels and bathrooms the open air
Entitled to rape and pedophilia.
I'm leaving for Safita, land of my grandparents,
Where they face war, but do not leave us alone.
Brasilia, 12/29/2013
Visit my website: www.sandrafayad.prosaeverso.net