Tola crença
Tola crença
Eu que lhe preservei tanto, fui cruelmente exposto
Desnudado em alma, em sentimentos, não de rosto
Julgado por quem não me conhece infimamente
Condenado por quem julga conhecer minha mente.
O que nos anunciava diferente virou um tolo clichê
Entre as mãos vi todo suposto amor escorrer
Entre tantas iguais vi você se misturar e se perder
A mim, só restou inevitavelmente lhe esquecer.
Exorcizar seus poemas, suas juras, sua onipresença
Me curar de você como quem se livra de uma doença
Me perdoar por ter me permitido enganar por uma tola fantasia
Por um dia ter acreditado que você era tudo que eu queria.
Leonardo Andrade