Medo das ondas
Era como olhar do mar, a luta das ondas com as pedras, elas batiam repetidas vezes como se quisessem obrigar as rochas a se mover, mas as pedras não se mexem, é como se nem dor sentissem, mas sentem... Silenciosas elas calam na escuridão ao cair da lua, procuram por amor assim como procurei você.
A mortal diferença é, pedras não temem o mar, eu temo você, temo como se minha vida dependesse de um próximo passo, mas não depende...e esse é meu segredo é dos grandes, mas não tem nenhum sentido, não vai fazer ela ficar.
Olhando o mar eu percebi que ela é o rugido das ondas, chacoalhar dos coqueiros a beira-mar sou eu, aterrorizadamente encantado com o sopro constante e implacável do mar, o seu sopro é seu amar, sentimento que você escondeu numa prisão, nada que eu faça faz ruir... Não paro de te querer, de sentir.
Encontraste uma saída pra tua dor? Ilusão, ela costuma dizer, se assusta ao me ler, eu a digo que temo. Fomos treinados a escolhas erradas, tenho medo de errar, de não perceber que errar vai me fazer feliz, de sofrer ao acertar, tenho medo de não saber o que fazer, ou sobre o que escrever, sobre a dor me causou, o medo que senti, ou o amor que não lhe dou ao temer de ver partir?
Aquilo que machucou costuma sangrar... Eu devo fugir, ou te amar?