Luas

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Sou catador de luas!

Mundo afora,

tenho caído,

mas continuo varrendo.

São muitas crateras, elevações...

Por estar desprotegido,

o frio me ressecou a pele.

Não existe Jorge algum!

Vasculhando meu alforje,

tudo que me surge é ilusão:

as flores sobrevoam a paisagem;

minhas lágrimas não caem...

Tenho apenas o coração, coitado,

pesado demais.

Daqui, posso ver a Terra e o Sol.

Esqueci-me dos arrebóis...

Distante da minha realidade,

pinto quadros de girassóis.

Calejadas mãos que garimparam luas.

Prostradas, continuam livres, nuas...

Sem nenhuma proteção.

Iguatu-CE, 10 de dezembro de 2013.

19h22min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 10/12/2013
Código do texto: T4606800
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