VIA CRUCIS

Na expressão forte de teu rosto

Sinto o peso de tua cruz

Nos passos lentos da via tortuosa

Que a teu calvário te conduz

E como mau ladrão errante

Sigo-te, em vil caminho.

Por ti, sempre, hostilizado

Na taça amarga de seu vinho

E o cortejo segue mudo

No final de nossa agonia

Ignorado, como o Cirineu

Inda sou eu quem te alivia

Mas tua dor é grande

Como é grande tua hipocrisia

E, decerto, morreremos juntos

Pouco a pouco a cada dia

20/04/2007

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 21/04/2007
Código do texto: T458197
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