TEORIAS SOBRE O NADA

Tem dias que escrevo poesias

Tantas, que parecem infinitas...

Mas também há aqueles dias

Que não escrevo uma única linha,

Nem uma estrofe, nem uma palavra.

Nada. Simplesmente nada...

Eu só escrevo o nada.

E dentro do nada, há nada.

Nesses dias nada me inspira.

Nem a lua e as estrelas,

Nem a madrugada.

Meu coração adormecido sonha...

Um sonho silencioso e sem alarde;

Com personagens sem face.

Apenas vultos, como fumaça

Que se dissipa e passa

Se converte em nada.

Tem dias que minhas poesias

São tantas... e multivariadas.

E tem dias que observo a tudo

Olhos atentos, lábios mudos

Sob testemunha da lua cor de prata

Tentando em vão explicar

A teoria do nada.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 21/11/2013
Código do texto: T4580489
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.