TEORIAS SOBRE O NADA
Tem dias que escrevo poesias
Tantas, que parecem infinitas...
Mas também há aqueles dias
Que não escrevo uma única linha,
Nem uma estrofe, nem uma palavra.
Nada. Simplesmente nada...
Eu só escrevo o nada.
E dentro do nada, há nada.
Nesses dias nada me inspira.
Nem a lua e as estrelas,
Nem a madrugada.
Meu coração adormecido sonha...
Um sonho silencioso e sem alarde;
Com personagens sem face.
Apenas vultos, como fumaça
Que se dissipa e passa
Se converte em nada.
Tem dias que minhas poesias
São tantas... e multivariadas.
E tem dias que observo a tudo
Olhos atentos, lábios mudos
Sob testemunha da lua cor de prata
Tentando em vão explicar
A teoria do nada.