RESPOSTA AO TELEFONEMA DE 10 DE NOVEMBRO

Domingo, tarde do dia 10 de novembro,

Uma chamada de tão longe atendida,

E calado permaneci.

Em pensamento me veio tudo que aconteceu

Nesses 32 segundos ouvindo sua voz.

Sensação estranha tocou-me.

Fechei os olhos,

Não sabia exatamente o que dizer.

Tristeza ecoou dentro de mim.

Embora nenhuma lágrima derramei naquele momento

Foi suficiente para escrever e enviar: Me deixe em paz!

Fui chamado de louco por ela.

Louco por ter amado de verdade quem não merecia.

Transformou minha paz interior em desespero e agonia,

Músicas já não me traziam alegria,

Me sentí um soldado em sentinela.

Sem orar, sem pedir ajuda, sem ninguém.

Só me restou soltar meu grito

Pelos escritos,

Deixá-los seguir,

Mesmo sem eco.

Permanecerei em meu canto,

Como um louco que precisa de tratamento,

Como um cachorro que apanhou em silêncio.

Seguindo o rumo da vida e sentindo taquicardia,

No somatório das horas

Engenhosamente aproveitadas

com minha embreagues sem controle,

Por ter servido de idiota.

Sigo no rumo do azar ou sorte,

Entre goles e goles,

Até o fim.

Paulo Henrique Oliveira. Brasília 19 de Novembro de 2013