MOREIA

Nesses dias tórridos em que o verão derrete

nada impede sua frieza

e com franqueza eu finjo

nada repele essa tristeza

que o mal da avareza

de mim passou pra ti

um satélite que capta os sinais

trazidos do espaço infindo

circunda o eixo em torno de ti

e meu fluxo negativo sanguíneo pirostático

repele com intensidade agora

o que em ti de mim restou

e sua beleza falsa irradia

a retina dos cegos vitimas

fugazes do engano,

quando tua boca destila a peçonha da moreia

como qualquer fêmea que caça

a presa fácil nunca traz tanto prazer.

deixando vivo o resto pra morrer aos poucos

dando as costas sem vê -lo sofrer.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 13/11/2013
Código do texto: T4569626
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