UM SAPO DISFARÇADO DE PRÍNCIPE
Eu cheguei a dizer que te amava.
Pura inocência de menina,
misturada à malícia de me deixar contaminar por você.
Portador de um vírus letal que não te deixa amar e
corroí quem te ama.
Você sorri nas fotos,
como nas capas de revista.
Mas por dentro sempre
o mesmo choro calado,
guardado e engasgado.
Seus ouvidos ouvem muitos sons.
No fundo nada se compara
à moda de viola que ouvirá
e com certeza falta lhe faz.
A cada dia um espetáculo,
vários aplausos,
novos personagens.
Onde está o homem corajoso,
que ao menor sinal de perigo
desliga o telefone?
Em meio a tantas pessoas te vejo só,
sempre à procura do que um dia foi seu
e aos poucos se perdeu.